Celebrando o "Corpus Christi", a Festa do Corpo de Cristo. Muito além das procissões e dos tapetes coloridos, esta data nos convida a refletir sobre o gesto mais radical de amor e entrega: Jesus doando-Se em corpo e espírito para a redenção da humanidade. Ele acreditou que poderia fazer isto por nós, quando diz: ___Perdoa-os Pai, eles não sabem o que faz"!( Lucas 23:34)
Ao instituir a Eucaristia, Jesus não apenas nos deixou um símbolo sagrado, mas um chamado vivo: servir aos mais necessitados, como Ele serviu, e ser necessitado hoje, mais do que ontem, não é só pobres em condições financeiras, mas todo aquele desprovido da verdadeira dignidade de vida plena, assim, somos todos nós outros, famintos da justa justiça.
A hóstia consagrada representa não só a presença divina, mas também o compromisso com os pobres, os doentes, os esquecidos, os injustiçados. Como dizer eu sigo Jesus Cristo, mas seus pensamentos e ações, destoam com o que dizem?
Hoje celebramos a instituição da Eucaristia, que é símbolo do Corpo de Cristo, é fato, mas acima de tudo da Justiça praticada enquanto aqui Ele caminhou, e foi a anunciação da verdadeira vida espiritual.
Pensando em todos os Santos e leigos que partiram desta vida depois de muito sofrer e martirizar-se em nome do amor incondicional por Jesus e tentar se aproximar de sua semelhança, foi um nosso contemporâneo, mesmo sendo extremamente humilde e discreto como Jesus foi, acabou por suas obras e ações sendo muito conhecido e aclamado, não só pelos espíritas cristãos, mas pelo mundo inteiro, e muitas outras religiões, que o conheceu como a verdadeira presença corpórea da obra de Cristo, um mediador entre o céu e a terra, desconheço outro igual, isto é fato, até a NASA, o estudou, Francisco Cândico Xavier, uma criatura que nasceu em berço católico mineiro, em Pedro Leopoldo, mas, não sabemos o fundo de toda questão, o que nos foi permitido conhecer, é que um Padre participando de seus "fenômenos" físicos e espirituais, não sabendo lidar com a situação, aconselhou a família do então menino ainda, a buscar outro lugar melhor que ele se adequasse, e assim o fez, e foi estudando O Evangelho Segundo o Espiritismo, com Allan Kardec cuja obra, aprofunda esse sentido ao lembrar que “a verdadeira adoração está no coração” e que a fé sem obras é morta.
Participar do banquete espiritual é, portanto, doar-se ao próximo, praticar a caridade, libertar consciências, não julgar, mas antes compreender, curar com o amor. É bom salientar que hoje a Igreja Católica vê situações idênticas de seus fiéis, de uma forma diferenciada, com um olhar mais humanitário, justo, igualitário, com algumas arestas ainda a serem aparadas, é fato, e faz parte de toda uma pedagogia religiosa, que evolui com o tempo, porém, mais compreensível, digamos assim, e possuem realidades diversificadas para que seus paroquianos não fiquem desamparados.
Que neste dia de Corpus Christi, possamos olhar para a hóstia não apenas como um rito, como o pão a se alimentar, mas como a luz de Cristo inserida nela, e o espelho da missão do homem divino, Jesus: alimentar a alma, consolar os que sofrem e lutar por um mundo mais justo, onde o pão e o amor, e a justa justiça, a verdadeira paz, sejam repartidos com dignidade.
Sob a luz da espiritualidade, lembramos que Jesus exerceu autoridade de quem muito sabia, com amor e coragem, sem atacar e ou afrontar os grandes líderes: tanto religiosos, quanto reis, em um tempo de leis duras e pouco compassivas, uma soberania sem medidas. Sua missão era clara: ____curar, libertar e ensinar uma justiça que transcende as estruturas humanas.
"Quando aceitamos a Cristo, a doença e a morte não nos detêm. Quem crê e confessa que Ele é o Salvador é liberto. Jesus ressuscitou, venceu a morte e continua curando — sobretudo as mentes afetadas pelo vírus da ignorância."
Quem ora em Seu nome é capaz de realizar grandes coisas (João 14:13-14).
e Jesus não veio abolir a Lei, mas cumpri-la. Ele nos deu autoridade para anunciar a Palavra que cura e liberta.
Em Pentecostes foram "abertas as portas da mediação espiritual entre o céu e a terra", e derramadas as luzes, para a comunicação entre o mundo espiritual e terreno, entre o divino e o secular, que Moisés pensando no bem de seu povo,( Êxodo 32:0,7-14 -) as fechou por ordem de Deus, para conseguir liderar seu povo que andava desgovernado pelo deserto, mas não sem antes, clamar ao próprio Deus por eles, e foi então, em Pentecostes já no novo testamento, que através de um grupo de pessoas amigas de Jesus, sua família, que no silêncio doloroso da cruz de Jesus, no amor, e na esperança, que se deu esta abertura novamente, para que assim fosse confirmada a presença de Jesus no meio de nós outros, o Espírito Santo.
Hoje, após séculos de evolução humanitária, podemos enfrentar o desafio de consolidar uma democracia jovem. E isso exige mais que leis: requer participação ativa da sociedade, guiada por fé, cultura, valores éticos e o compromisso que aprendemos com instituições como a família.
Ser cristão é também exercer cidadania. Conhecer os direitos sociais e suas leis, é dever de todos — e uma forma de viver o Evangelho com responsabilidade. Uma fé sem caridade é morta, e uma sociedade que ignora suas leis revela imaturidade espiritual e social, e conhecer leis não é sinônimo de autocratismo, nem jogar farpas entre uns e outros, muito menos o tal do "toma lá da cá"!!!.
Tudo no seu tempo e hora. Um marco recente dessa luta foi a decisão do STF que reconheceu o direito das famílias de crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus a um benefício previdenciário integral, no seu teto. Essa vitória repara uma omissão grave do Estado durante a epidemia, quando faltaram apoio, campanhas educativas e atenção às gestantes mais vulneráveis.
A Igreja nos ensina: “O homem é a única criatura que Deus quis por si mesma. Tudo o mais foi criado para nós” (GS, 24 – §2366) para que pudéssemos evoluir, amadurecer como almas errantes que somos.
MângelaCastro – 18/06/2025