Bom dia!
Cora Coralina disse:____ “Feliz é o professor que aprende ensinando” já que adoramos pousar como professores do cotidiano, não é mesmo?
QUESTÕES DELICADAS!
nem se magoe com a sua repreensão,
pois o Senhor disciplina a quem ama,
assim como o pai faz ao filho
de quem deseja o bem.
- Provérbios 3:11-12
COMO LIDAR COM ESTAS DIFICULDADES EMOCIONAIS QUE SE APRESENTAM?!
Um dos ensinamentos mais importantes de Sun Tzu em “A Arte da Guerra” é conhecer seu inimigo e a si mesmo. Segundo ele, aqueles que conhecem tanto as suas próprias forças e fraquezas quanto as do inimigo têm uma maior chance de alcançar a vitória.
LIDANDO COM NOSSOS FANTASMAS...
Crescer sem a atenção necessária dos pais pode gerar traumas que vão além das lembranças da infância. A ausência de apoio, carinho ou até mesmo gestos de reconhecimento pode influenciar o comportamento de um adulto de maneiras que, muitas vezes, passam despercebidas.
Isso pode se refletir em dificuldades para estabelecer vínculos afetivos ou em comportamentos que demonstram insegurança. O Minha Vida entrevistou as especialistas Larissa Fonseca (psicóloga) e Tatiana Cicerelli (pediatra), que esclareceram os comportamentos mais comuns de pessoas que cresceram sem a atenção dos pais na infância.
1. Dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis
Crescer sem um ambiente afetivo pode gerar medo de rejeição e dificuldade em confiar nos outros. "Alguns adultos desenvolvem um apego excessivo, buscando proximidade constante, enquanto outros evitam vínculos afetivos para não se machucar", explica a Dra. Tatiana. Ambos os extremos refletem em uma luta para equilibrar proximidade e proteção emocional.
2. Baixa autoestima e insegurança
A sensação de não ser "bom o suficiente" é recorrente. Muitas dessas pessoas precisam de validação externa para se sentirem valorizadas. "A autoestima fragilizada costuma ser fruto de anos sem receber o reconhecimento ou carinho esperado na infância", destaca a pediatra.
3. Busca excessiva por aprovação
Para compensar a falta de atenção parental, muitos adultos tentam agradar aos outros a qualquer custo. Isso pode incluir assumir mais responsabilidades do que conseguem lidar ou sacrificar suas próprias necessidades com as emoções
Sem um modelo saudável de regulação emocional, é comum haver dificuldade em expressar ou entender os próprios sentimentos. Episódios de raiva descontrolada, ansiedade ou tristeza profunda são frequentes. "Muitos não aprenderam a nomear suas emoções, o que torna o autocontrole mais desafiador", ressalta Tatiana.
5. Padrões de autossabotagem
O medo de fracassar pode levar à procrastinação ou ao perfeccionismo extremo. Em ambos os casos, a autossabotagem impede o progresso pessoal e profissional. "É como se o medo de não ser suficiente fizesse com que evitassem até mesmo tentar", explica a especialista.
6. Comportamentos impulsivos como forma de fuga
A instabilidade emocional pode levar a comportamentos impulsivos, como gastos excessivos, abuso de substâncias ou outras formas de automedicação. Essas ações, embora prejudiciais, funcionam como tentativas de aliviar o sofrimento emocional.
Formas de reparar essas questões na vida adulta, segundo a psicóloga
Na vida adulta, é necessário lidar com várias questões emocionais e, segundo a psicóloga Larissa Fonseca, elas podem ser trabalhadas através da psicoterapia. A chave do tratamento está em reconhecer e modificar padrões de pensamento autos sabotadores e, ao mesmo tempo, ressignificar experiências passadas
Larissa explica que "o processo de ressignificação das experiências passadas é essencial para a reparação emocional, pois permite que o indivíduo recupere aspectos importantes de si mesmo que foram danificados ao longo do tempo". Isso envolve, por exemplo, a construção de novos vínculos mais seguros e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, que são fundamentais para uma convivência saudável consigo mesmo e com os outros.
Nesse contexto, a psicoterapia ajuda a reorganizar a percepção que a pessoa tem de si mesma e do mundo ao seu redor, promovendo o fortalecimento da segurança emocional.
"Ela contribui para que o adulto se reconecte com suas próprias emoções de forma mais saudável e equilibrada, aprendendo a lidar com situações difíceis sem se deixar dominar pelos medos ou inseguranças do passado", afirma Larissa.
Outro ponto importante é o ambiente familiar, que desempenha um papel central no desenvolvimento emocional desde a infância.
A psicóloga ressalta que "o ambiente familiar é o pilar inicial para a regulação emocional, autoestima e para aprender a se relacionar de forma saudável". Quando os pais não oferecem atenção ou afeto suficientes, a criança pode desenvolver a crença de que não merece cuidado, o que, mais tarde, impacta suas relações e sua própria autopercepção na vida adulta.
Por outro lado, quando o ambiente familiar é acolhedor e amoroso, ele oferece uma base sólida para a criança, preparando-a para enfrentar os desafios da vida com mais resiliência. "A criança que recebe amor e atenção é capaz de aprender a lidar com as dificuldades de forma mais equilibrada e com maior confiança em si mesma", afirma Larissa.
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REPORTAGEM EXTRAIDA DO FASCÍCULO DIGITAL.
(Pessoas que cresceram sem a atenção dos pais na infância podem apresentar esses 6 comportamentos)