Bom dia povo de Deus.
GARANTIAS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS DAS PESSOAS!

Nunca confie em facilidades, pois elas não existem. Viver é necessário, mas o caminho é repleto de desafios. Antes de buscar novos horizontes, é essencial refletir sobre o que realmente significa essa busca por sentido e realização.
Nem sempre é possível expressar diretamente as falhas de um governo que, acreditando agir corretamente, penaliza o próprio povo. Sei que viver na luz já é um desafio, imagine então nas sombras, sem identidade, sem direitos e sem amparo. Ainda assim, resta a esperança de que nossas embaixadas sejam mais eficazes, acolhendo e protegendo aqueles que necessitam.
Se a situação chegou a esse ponto, é porque houve falhas de ambos os lados. Mas como proteger quem vive escondido, quem é invisível perante a lei? Como ajudar aqueles que, para o mundo, simplesmente não existem?
Muitos falam sobre oportunidades lá fora, mas a verdade raramente é dita com clareza. Nenhum país está de braços abertos para acolher imigrantes sem planejamento. Antes de partir, informe-se, estude, compreenda a cultura, aprenda a língua. Sair sem preparo é um convite ao fracasso.
Todos os países têm suas leis, regras e sanções. E um estrangeiro desavisado enfrenta ainda mais dificuldades. Muitos brasileiros, assim como outros imigrantes, são submetidos a abusos trabalhistas, jornadas exaustivas, assédio e condições análogas à escravidão.
A Confederação Sindical Internacional (CSI) indicou que entre abril de 2021 e março de 2022, as violações trabalhistas atingiram níveis recordes, e o Brasil figurou entre os dez piores países nesse aspecto. No entanto, aqui ainda temos sindicatos e uma luta constante por direitos. No exterior, sem documentação e suporte, a situação pode ser ainda pior.
Antes de aceitar qualquer oferta de trabalho, conheça seus direitos no país de destino. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil oferece recursos e informações sobre condições de trabalho e combate ao tráfico de pessoas. Denuncie abusos e busque apoio em consulados e embaixadas. Organizações internacionais, como a OIT, também podem auxiliar.
Viajar é um privilégio que exige planejamento. Quando fui ao exterior em lua de mel, tive que comprovar condições financeiras, apresentar reservas de hotel e passagem de volta. Meu filho, ao estudar inglês na Irlanda, foi amparado por uma empresa especializada, garantindo uma experiência segura e enriquecedora.
Não somos ricos, mas planejamos cada passo. Sonhos podem se tornar pesadelos quando não se tem uma base sólida. Existem países acolhedores e outros que não aceitam imigrantes de forma digna. Por que se submeter a humilhações quando há lugares que valorizam nossa cultura e capacidade profissional?
Somos um povo valioso, trabalhador e digno. Não devemos aceitar ser escravizados ou humilhados em troca de algumas moedas. Lutemos por condições melhores, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo.
Hoje, a dor da expulsão e da rejeição pode ser imensa, mas talvez, no futuro, agradeçamos por termos sido forçados a repensar nossos caminhos. A sua dor é a minha dor. Mas lembre-se: somos brasileiros, um povo forte, unido e resiliente.
Que possamos lutar o bom combate, como nos ensinou São Paulo de Tarso. Afinal, o verdadeiro campo de batalha é dentro de nós mesmos.