Bom dia "povo de Deus"!
E a saga em GAZA continua... Reflexões, Éticas e Humanitárias.
É bom antes de tudo respeitar as questões humanitárias, seus desafios, e dificuldades enfrentadas pelas pessoas envolvidas nesta guerra, que se diz em "NOME DE DEUS"!!?
POLÊMICAS A PARTE:
É bom aqui salientar que nosso Papa Francisco, tem tido uma luta contínua dentro de suas limitações política social, apoiando principalmente a volta da paz nos Países em guerras ou conflitos, aos imigrantes e aconselhando líderes a trata-los com mais humanidade, dignidade de vida, aliás, esta é uma proposta feita por Jesus, a todos cristãos ou não, é uma questão de compaixão pela dor do próximo...
Para quem não sabe, ele sai ou saia, hoje por conta da saúde, talvez mais restritas, ia às ruas de Roma nas madrugadas para dar apoio alimentar e conforto aos moradores de ruas, e imigrantes, construindo pontos para banho e outros mais...
Independentemente das controvérsias, é essencial evitar a hipocrisia e o autoritarismo, características criticadas pelo próprio Jesus ao se referir a líderes religiosos que, embora se apresentassem como devotos de Deus, exploravam os mais vulneráveis e se beneficiavam de situações de crise.
Nesse contexto, a posição do presidente Emmanuel Macron merece consideração. Não se pode ignorar a realidade das pessoas que habitam a região e das que perderam seus lares devido aos conflitos. A remoção arbitrária de populações para dar lugar a novos projetos imobiliários, especialmente quando impulsionados por interesses externos, configura não apenas uma violação humanitária, mas também um desrespeito aos direitos fundamentais. Não sem antes restabelecer moradia para seu povo originário! Não é lícito, ir soprando pessoas, como moscas à tua frente, convenhamos né?
A crise em Gaza não pode ser reduzida a disputas políticas ou econômicas. É, sobretudo, uma questão de justiça social, dignidade humana e compromisso com os princípios éticos que devem orientar qualquer sociedade.
Para todos os que se apelidam de ateus e me perguntaram alguma vez “com fé”: “Onde está o teu Deus?”
Quero dizer-te que está ali onde também tu o tocaste, como eu,
mas talvez sem dares conta da Sua presença; onde ouviste a Sua voz, mas sem a escutares;
onde vibraste com o seu beijo, mas sem O descobrires…
Deus está na tua vida vazia. É tudo o que desejarias lá meter para a encher.
Deus está onde termina aquele átomo de felicidade fictícia.
É o contrário do que costumas mastigar, após teres espremido com as tuas mãos a tua deusa de espuma.
É o contrário dessa náusea, dessa decepção, dessa amargura, dessa vergonha de ti próprio, desse nada que te rói o interior após teres digerido mal o teu paraíso de papelão.
Está naqueles olhos cheios de luz que, só ao olhá-los e amá-los,
te tornaram mais criança, mais inocente, mais livre;
mais poeta e mais concreto;
mais terno e mais seguro;
mais dócil e mais vivo;
menos “tu” e mais “próximo”.
Está à porta de cada desilusão; são essas mãos invisíveis em que não crês, mas que desejarias apertar, cheias de fidelidade, quentes de compreensão, eletrizantes por um afeto que resiste ao tempo.
Deus está na vida, porque a Vida não more.
Está na felicidade desses dois amores de mãe e de esposa que agora sentes unidos, inseparáveis, inefáveis.
Está naquilo que não tem qualificativo adequado e que cada homem sente ao primeiro sorriso do filho.
Deus está ali; naquele cantinho mais secreto da tua vida, aonde ninguém chega, em que uma voz que não sabes de onde vem, nem para onde vai, te diz o que não querias ouvir, te recorda o que desejarias ter esquecido, te profetiza o que nunca desejarias saber.
Nessa voz que não ouves, mas que te chama.
Nessa voz que não é tua, mas que nasce em ti e que nem o sono, nem o barulho, nem a bebida, nem a carne conseguem fazer calar.
Está nessa resposta que ainda não te atreveste a dar e que verificas ir ser dolorosa, mas eficaz, como uma operação cirúrgica.
Está nessa felicidade que te corre pelas veias quando vês que o próximo goza de um bem-estar que tu lhe proporcionaste.
Está no gozo do bem que fizeste sem que ninguém o soubesse.
Está na paz do lago sereno das tuas lágrimas quando te reconcilias com a tua consciência e que dá a sensação de renasceres.
Está em todo o gesto de amor.
Está em cada mão que se abre para o bem.
Está no trabalho que executas com aptidão para ele, sem te embrutecer, nem te devorar.
No trabalho que te sensibiliza para a vida, que te fortalece para o amor, que te prepara para a compreensão e gozo da felicidade de seres timoneiro da criação.
Está por detrás da barreira do perdão.
Está em todo o bem que desejas para os que amas.
Está no gosto da inocência ainda intacta.
Deus está no que chamas “destino” e eu “Providência”, e que se levanta cada manhã mais cedo do que nós.
Deus está no coração de toda a verdadeira esperança;
a esperança pode, por vezes, esconder-se como as estrelas, mas nunca apagar-se porque é o reflexo do sol e o sol não “morre”, porque é a luz de Deus.
E Deus não fecha os olhos a ninguém. Se o fizesse, não seria amor.
Por isso, Deus está sobretudo onde reina o amor.»
.Juan Arias* (20/07/1932 | 22/11/2024)
in "O Deus Em Quem Não Creio” (adaptado por Paulo Costa)
* Jornalista, vaticanista (foi correspondente do diário "El País"), colunista e escritor, Juan Arias Martínez morreu no dia 22 de novembro de 2024.
(Juan Arias foi, em Portugal, para alguns, sobretudo, o autor de "O Deus em quem não creio", uma obra marcante, publicada há cerca de cinco décadas em Portugal pela Editorial Perpétuo Socorro.)
Postado By MângelaCastro, 12/02/2025
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