💧 Até nos descaminhos, a vida encontra nascentes.

By MângelaCastro — 18/08/2025
💧 Até nos descaminhos, a vida encontra nascentes.
By MângelaCastro — 18/08/2025
Peço que recebam esta postagem não como um julgamento, mas como um alerta e um cuidado: que as famílias possam navegar pelas redes e mídias de forma segura e tranquila. Infelizmente, nem todas têm acesso a conteúdos adequados e seguros. Muitas crianças e adolescentes têm circulado por plataformas impróprias, enfrentando sérios riscos — inclusive à própria vida.
A Lei "Cecília", para quem não a conhece, nasceu de um ato corajoso: uma criança de apenas 7 anos apresentou-se diante de um juiz, durante o julgamento de sua mãe — que estava prestes a perder a guarda para o pai, por motivos exclusivamente financeiros. Essa história é verídica e será mostrada no vídeo abaixo. É justamente para proteger crianças como ela, que podem estar em desvantagem ou sem voz, que essa lei existe.
Não podemos esquecer que as leis são criadas para todos, indistintamente. Esta, em especial, está vinculada à Lei nº 14.617/2023, que institui o mês de agosto como o Mês da Primeira Infância no Brasil. Seu objetivo é promover atenção integral a gestantes, crianças de até seis anos e suas famílias, destacando a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento humano.
Bom dia, caríssimos!
Hoje inicio com um tema que, à primeira vista, pode parecer “oportunista”, mas que já venho debatendo em postagens anteriores. Sei que muitos preferem mensagens motivadoras — e concordo que elas têm seu valor —, mas é preciso também usar estes canais para tratar da nossa realidade e dos nossos problemas sociais, afinal, o planeta está evoluindo a passos largos, e somos parte dessa evolução. Por que não propor limites quando a turba parece livre demais, sem a devida cautela?
Desde a antiguidade, há registros da preocupação com sociedades que, sem direção, carecem de normas. A Lei Mosaica, por exemplo, não apenas governava aspectos religiosos, mas também questões civis e morais, estabelecendo um pacto que exigia obediência em troca de proteção e bênçãos divinas. Hoje, muitas leis, quando não cumpridas ao pé da letra, acabam sendo vistas como entraves, especialmente quando tocam interesses financeiros — e, convenhamos, isso causa incômodo. É fato que proibições excessivas podem, sim, ameaçar nossa tão declarada democracia. No entanto, é igualmente necessário rever e estabelecer limites, sem sufocar a criatividade, e garantir que a alta tecnologia seja usada a nosso favor, e não contra nós.
Tudo parece encantador — alegre, criativo, até comovente — quando vemos crianças e adolescentes expressando sua inteligência e talento natural nas mídias digitais. É impossível não se admirar com essa nova geração, muitas vezes dotada de habilidades impressionantes. Eu mesma me emociono ao assistir a esses pequenos “pululando” com espontaneidade e criatividade. Alguns deixam de ser apenas “engraçadinhos” e contribuem com didática pedagógica importante, mas continuam sendo crianças — corpos infantis com mentes inteligentes e autodeterminadas.
Quando os pais não concordam, eu respeito, não compartilho seus trabalhos em minhas redes sociais, deixando a critério dos responsáveis. Ao mesmo tempo, chamo atenção para a responsabilidade mútua na preservação do ambiente que acolherá essas crianças no futuro. A espiritualidade as chama de “crianças diamantes”, e a mídia, de superdotadas — tudo é válido quando a alma não é pequena e o respeito impera.
No entanto, junto às boas intenções, existem aqueles que exploram essa exposição, aproveitando-se da ausência de fiscalização adequada por parte de pais e responsáveis — aqui, insiro o papel do Ministério Público da Infância e Juventude. Embora existam aplicativos e recursos capazes de impor limites ao que crianças e adolescentes podem assistir ou participar, ainda falta um marco regulatório efetivo. Urge regulamentar para que não se perca o controle, evitando que o brilho do “sucesso” se transforme em risco para seu desenvolvimento e dignidade.
A crescente exposição de crianças e adolescentes em plataformas digitais, frequentemente associada à monetização de conteúdos produzidos com sua imagem, inteligência e criatividade, exige atenção urgente do legislador e das autoridades competentes. Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990) já assegure, em seu art. 17, o direito à preservação da imagem, identidade e vida privada, e, no art. 79, a vedação de conteúdos que possam prejudicar a formação moral, verifica-se que tais dispositivos têm sido sistematicamente negligenciados na prática.
A situação demanda regulamentação específica, conforme já sugerido pelo Poder Máximo de nosso País, o Executivo Federal, com normas claras para a atuação do poder de polícia digital, prevendo limites, exigências e mecanismos de fiscalização. O objetivo deve ser a proteção integral da criança e do adolescente contra riscos ao desenvolvimento psicológico, social, ético e moral, evitando que sejam tratados como mão de obra precoce ou “mina de ouro” familiar, ou explorados por plataformas sem limites, em troca de ganhos financeiros imediatos. A atual situação carece de controle eficaz, assegurando a proteção da vulnerabilidade infantil e adolescente, em plena formação de identidade e personalidade. A prioridade deve permanecer na formação e dignidade, e não na exploração midiática.
O caminho sempre será o do diálogo com diplomacia e, acima de tudo, do cumprimento da lei — por mais que, às vezes, nos doa. Afinal, se não for para serem cumpridas, por que as leis existem?"
Jesus se fez emblemático ao afirmar com firmeza seu pensamento, mesmo diante das rigidezes da lei romana. Quando questionado — ou desacreditado — Ele respondeu com autoridade:
📖 Mateus 5:17-27"Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir.Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra..."
"...Se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus."
"...Se você estiver apresentando sua oferta diante do altar, e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, vá primeiro reconciliar-se com ele... Entre logo em acordo com seu adversário, enquanto ainda estão a caminho..."
Nas palavras do jurista Rui Barbosa:
“A Constituição é ato da nação em atitude soberana de se constituir a si mesma.”A lei, por sua vez, é um ato do legislador, em atitude secundária de executar essa constituição.A constituição delimita os poderes do Estado; a lei apenas os confirma.A constituição é criatura do povo, no exercício do poder constituinte; a lei é criatura do legislador, como órgão da própria constituição.Assim, a constituição é instrumento de mandato popular outorgado aos poderes do Estado.A lei, conclui Rui, é o uso desse mandato por um dos poderes constituídos.
Bom dia!
"Meus Talentos, Minhas Raízes: Uma História de Despertar"
Ela não sabia, nem eu, que ali nascia em mim a espiritualidade. A sensibilidade de uma alma conectada a algo maior, mas ainda sem palavras, sem entendimento, que às vezes debruçada na janela conversava em pensamento com as estrelas, lá havia um mistério, e eu gostava, era um momento de paz, buscava na saudade que sentia, uma morada, porque eu sabia que tinha. Pensei em fugir, até num convento me esconder. Mas minha mãe me ancorou no mundo: comprava livros, lembro de muitos fascículos da revistinha Sabrina, que se comprava em bancas de jornais, quem foi uma jovem, dos anos 60,70 com certeza deve ter lido também, e viajava nas leituras com romances lindos, lugares inimagináveis se desenrolava toda uma história de vida... enciclopédias para ajudar nos estudos escolares, tinha uma certa tendência de conhecer mais sobre as estrelas, o que eram?
E entre um intervalo e outro de devaneios, mamãe me levava à missa, e até sua morte, ainda tínhamos esse costume de ir à missa juntas, me incentivava a fazer parte de grupos de jovens. Nada parecia aliviar. Eu orava em silêncio, conversava com Deus, chegava até contestá-lo, falando sério. A fé era meu abrigo, mas os conflitos persistiam, e confesso, ainda vez ou outra tomam conta, hoje sei que é normal, faz parte desta existência, aparando minhas arestas, pois nelas existem muitas contradições. E interessante, que enquanto escrevia essa memória, tive a nítida sensação de sua presença aqui comigo, cheguei a levantar para ver onde uma porta do quarto bateu, bem, posso ter sido sugestionada, né?
Ali, pela primeira vez, encontrei respostas para perguntas que meu coração há muito fazia. Hoje entendo que, naquele instante, atravessei um verdadeiro portal — foi no quarto dele, quando fui pegar um remédio a pedido de uma senhora que o acompanhava, enquanto tantos amigos se reuniam ao redor de uma mesa rústica de madeira com bancos em volta.
Obediente e gentil, segui até o cômodo, e o que vi me encantou. Experimentei uma paz serena, uma sensação quase sagrada. Anos se passaram. Quando retornei àquela casa, agora transformada em museu, fui surpreendida ao ver o quarto em exposição. Perguntei a mim mesma: ____“Como assim?” Aquele não era o quarto que entrei. Não mesmo.
O quarto que conheci era completamente branco — as paredes, a cama, o criado-mudo... tudo. No guarda-roupa, havia uma penteadeira, e o espelho fora substituído por uma imagem de Jesus aplicando um passe em uma jovem sentada no chão. Foi nesse ambiente que entrei para buscar o remédio de Chico. Não compreendi muito na época... Apenas voltamos para Franca.
Os talentos que nos foram dados são responsabilidade nossa. E um dia, serão cobrados. Que eu nunca os esconda. E que meu dom, seja ele qual for, sempre sirva para amar, consolar e edificar.
Porque é na simplicidade que mora o verdadeiro poder do amor, palavras de Chico Xavier,
e tantos mais, Santos e Santas católicos, sofreram suas agruras, não desistiram de seus talentos, e venceram na missão. Como nos enseja Dom Orlando Brandes, hoje Arcebispo Metropolitano de Aparecida, quando em sua evangelização pela TV Rede Vida, ensinava: ____"Fé em Deus, Bíblia na mão e pé na missão"! Parece que suas palavras ecoam em meu pensamento, com entonação, ouço-a! É isto!
By MângelaCastro – 04/08/2025
💧 Até nos descaminhos, a vida encontra nascentes. Uma palavra pode mudar destinos, uma amizade pode refazer caminhos. Que nossas palavras s...