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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

ENTRE CURVAS E DESCAMINHOS ...PALAVRAS CURAM!



💧 Até nos descaminhos, a vida encontra nascentes.

Uma palavra pode mudar destinos, uma amizade pode refazer caminhos. Que nossas palavras sejam sementes — nunca feridas.

Encontros de águas puras e cristalinas brotam da nascente escondida  em mim mesma. Dela, a vida se espalha, germina em silêncio e muda destinos — mesmo aqueles guardados no sótão escuro da memória onde vida pulsa 'inda!.

Deixo-me levar por esse curso natural, como rio que desce a serra até se entregar ao mar — um  mar de amar — que é a própria vida.

Algumas palavras nos tiram do comodismo, outras nos oferecem colo. Entre atritos e afetos, descobrimos amizades que sustentam a caminhada e nos lembram de que o coração só repousa onde encontra verdade.

As distâncias se encurtam em gestos simples. Uma frase pode tocar fundo e mudar o rumo da existência. Por isso, sigo confiando: o tempo revela, Deus conduz, enquanto as águas fluem.

Não sou fácil, mas sou inteira. Caminho de mãos dadas com o que guarda minha paz. Porque ser verdadeiro é sempre a forma mais bonita de existir — mesmo quando a verdade dói.

E como as palavras são flechas sem retorno, que as nossas sejam sementes, não feridas. Sigamos, então, fazendo a vida acontecer.

By MângelaCastro — 18/08/2025

Enviado por MângelaCastro em 18/08/2025
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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

"EU SOU ADVOGADA(O) DE MINHA MÃE"! AMOR vs DINHEIRO. HISTÓRIA VERÍDICA.

🚸 Crianças têm voz e vez! Agosto é mês de lembrar que ouvir e proteger é dever de todos.

Conhecereis a verdade, e ela vos libertará de sua própria consciência e julgo. Como equilibrar: AMOR, FÉ E COMPROMISSO (JOÃO 3)!

Este mês de agosto
celebramos a defesa dos direitos das crianças em situação de vulnerabilidade. A partir desta lei, elas podem se dirigir pessoalmente a um tribunal e apresentar sua própria defesa. O Ministério Público da Infância e Juventude, assim como os juízes, têm o dever e a obrigatoriedade de ouvi-las, considerar seus depoimentos e, posteriormente, sentenciar — preferencialmente de forma favorável à criança que se manifesta em causa própria.

Peço que recebam esta postagem não como um julgamento, mas como um alerta e um cuidado: que as famílias possam navegar pelas redes e mídias de forma segura e tranquila. Infelizmente, nem todas têm acesso a conteúdos adequados e seguros. Muitas crianças e adolescentes têm circulado por plataformas impróprias, enfrentando sérios riscos — inclusive à própria vida.

A Lei "Cecília", para quem não a conhece, nasceu de um ato corajoso: uma criança de apenas 7 anos apresentou-se diante de um juiz, durante o julgamento de sua mãe — que estava prestes a perder a guarda para o pai, por motivos exclusivamente financeiros. Essa história é verídica e será mostrada no vídeo abaixo. É justamente para proteger crianças como ela, que podem estar em desvantagem ou sem voz, que essa lei existe.

Não podemos esquecer que as leis são criadas para todos, indistintamente. Esta, em especial, está vinculada à Lei nº 14.617/2023, que institui o mês de agosto como o Mês da Primeira Infância no Brasil. Seu objetivo é promover atenção integral a gestantes, crianças de até seis anos e suas famílias, destacando a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento humano.

O que a lei estabelece?
  • A   Agosto como Mês da Primeira Infância:
    A lei oficializa agosto como o mês de ações e debates sobre a im______ importância da primeira infância. 


  • AA lei enfatiza a necessidade de cuidados que abrangem saúde, educação, nutrição, proteção e vínculos afetivos. 
  • Pa     Papel da Sociedade:
    A   A lei busca envolver toda a sociedade na conscientização sobre a importância da primeira infância e na garantia dos direitos das crianças nessa fase. 
  • A  Avanços no Marco Legal:
    A lei se soma a outras iniciativas como o Marco Legal da Primeira Infância e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), fortalecendo a proteção e o desenvolvimento infantil no Brasil. 
Direitos das Crianças no Brasil
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em conjunto com a Constituição Federal, estabelece uma série de direitos fundamentais para crianças e adolescentes, incluindo:
  • Direito à vida e à saúde: Inclui acesso a serviços de saúde, prevenção de doenças e tratamento adequado. 
  • Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade: Garante a autonomia e o respeito à individualidade da criança. 
  • Direito à convivência familiar e comunitária: Prioriza o desenvolvimento da criança em um ambiente familiar e acolhedor, com apoio da comunidade. 
  • Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer: Assegura o acesso à educação, atividades culturais, práticas esportivas e momentos de lazer. 
  • Direito à profissionalização e proteção no trabalho: Garante a proteção contra o trabalho infantil e o acesso à educação profissionalizante. 
  • Direito à proteção contra a violência: Proteção contra qualquer tipo de violência, abuso ou exploração. 
A Lei da Primeira Infância e o ECA trabalham em conjunto para garantir que todas as crianças tenham seus direitos respeitados e possam se desenvolver plenamente, como aponta a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que atua em prol da primeira infância. 

"Deixai venham a mim as criancinhas, não as impeçam, pois delas a quem se assemelham é o reino dos céus"! (Mateus 20)

By MângelaCastro - 14/08/2025



quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Infância e maturidade lado a lado: Memórias de um coração abrigado nas lembranças.

Inicio o dia festejando a vida que ressurge com vitalidade, espargindo perfume de amor. __Entre risos de criança e passos maduros, voltam hoje na lembrança, minha gratidão veste as cores de Pedregulho, terra que me viu crescer, sonhar e escrever as páginas mais doces da minha vida. Parabéns, cidade do meu coração."
❤️🏞️

Antes

Agora.
Minha vida se entrelaça às suas ruas e verdejantes praças. Aqui, o tempo não apaga — ele floresce. As lembranças brincam nas praças, descansam nos bancos sob o entardecer e se aquietam no coração, como quem sabe que encontrou para sempre, o seu lugar no mundo.
....
Pedregulho, Cidade do Meu Coração
Pedregulho querida,
foi em teus braços que cresci.
Corri pelas tuas ruas,
brinquei nas tuas praças,
sonhei nos bancos que guardam segredos
de tantos corações.
Ali, entre risos e olhares,
namorei e casei com um moço do teu chão.
Foste abrigo para minha família,
acolhendo-nos ainda pequenos,
dando-nos raízes que florescem até hoje
na memória e no afeto.
Teus cafezais enfeitam o horizonte,
terra branca como nuvens de rosário no céu,
anunciando a bênção da frutificação.
Teus pedregulhos, moldados pelos ventos,
se transformam em pedras preciosas,
símbolos da força e da beleza que és.
Pedregulho, braços abertos sobre teu povo acolhedor,
guardas histórias de filhos que ensinaram e aprenderam,
que te amaram tanto a ponto de eternizar tua imagem
em fotografias que contam tua criação.
És e serás sempre
a cidade do meu coração.
Te amo, Pedregulho querida.
Parabéns por mais um aniversário,
e que tua vida siga em profusão de bênçãos
By MângelaCastro - 13/08/2025

Enviado por MângelaCastro em 18/08/2025
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"Infância Não é Conteúdo: Regulamentar é Proteger"

Bom dia, caríssimos!

Hoje inicio com um tema que, à primeira vista, pode parecer “oportunista”, mas que já venho debatendo em postagens anteriores. Sei que muitos preferem mensagens motivadoras — e concordo que elas têm seu valor —, mas é preciso também usar estes canais para tratar da nossa realidade e dos nossos problemas sociais, afinal, o planeta está evoluindo a passos largos, e somos parte dessa evolução. Por que não propor limites quando a turba parece livre demais, sem a devida cautela?

Desde a antiguidade, há registros da preocupação com sociedades que, sem direção, carecem de normas. A Lei Mosaica, por exemplo, não apenas governava aspectos religiosos, mas também questões civis e morais, estabelecendo um pacto que exigia obediência em troca de proteção e bênçãos divinas. Hoje, muitas leis, quando não cumpridas ao pé da letra, acabam sendo vistas como entraves, especialmente quando tocam interesses financeiros — e, convenhamos, isso causa incômodo. É fato que proibições excessivas podem, sim, ameaçar nossa tão declarada democracia. No entanto, é igualmente necessário rever e estabelecer limites, sem sufocar a criatividade, e garantir que a alta tecnologia seja usada a nosso favor, e não contra nós.

Tudo parece encantador — alegre, criativo, até comovente — quando vemos crianças e adolescentes expressando sua inteligência e talento natural nas mídias digitais. É impossível não se admirar com essa nova geração, muitas vezes dotada de habilidades impressionantes. Eu mesma me emociono ao assistir a esses pequenos “pululando” com espontaneidade e criatividade. Alguns deixam de ser apenas “engraçadinhos” e contribuem com didática pedagógica importante, mas continuam sendo crianças — corpos infantis com mentes inteligentes e autodeterminadas.

Quando os pais não concordam, eu respeito, não compartilho seus trabalhos em minhas redes sociais, deixando a critério dos responsáveis. Ao mesmo tempo, chamo atenção para a responsabilidade mútua na preservação do ambiente que acolherá essas crianças no futuro. A espiritualidade as chama de “crianças diamantes”, e a mídia, de superdotadas — tudo é válido quando a alma não é pequena e o respeito impera.

No entanto, junto às boas intenções, existem aqueles que exploram essa exposição, aproveitando-se da ausência de fiscalização adequada por parte de pais e responsáveis — aqui, insiro o papel do Ministério Público da Infância e Juventude. Embora existam aplicativos e recursos capazes de impor limites ao que crianças e adolescentes podem assistir ou participar, ainda falta um marco regulatório efetivo. Urge regulamentar para que não se perca o controle, evitando que o brilho do “sucesso” se transforme em risco para seu desenvolvimento e dignidade.

A crescente exposição de crianças e adolescentes em plataformas digitais, frequentemente associada à monetização de conteúdos produzidos com sua imagem, inteligência e criatividade, exige atenção urgente do legislador e das autoridades competentes. Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990) já assegure, em seu art. 17, o direito à preservação da imagem, identidade e vida privada, e, no art. 79, a vedação de conteúdos que possam prejudicar a formação moral, verifica-se que tais dispositivos têm sido sistematicamente negligenciados na prática.

A situação demanda regulamentação específica, conforme já sugerido pelo Poder Máximo de nosso País, o Executivo Federal, com normas claras para a atuação do poder de polícia digital, prevendo limites, exigências e mecanismos de fiscalização. O objetivo deve ser a proteção integral da criança e do adolescente contra riscos ao desenvolvimento psicológico, social, ético e moral, evitando que sejam tratados como mão de obra precoce ou “mina de ouro” familiar, ou explorados por plataformas sem limites, em troca de ganhos financeiros imediatos. A atual situação carece de controle eficaz, assegurando a proteção da vulnerabilidade infantil e adolescente, em plena formação de identidade e personalidade. A prioridade deve permanecer na formação e dignidade, e não na exploração midiática.


By MângelaCastro - 13/08/2025


quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Cumprir a Lei com Coração: Pontes, Justiça e Evangelho


O caminho sempre será o do diálogo com diplomacia e, acima de tudo, do cumprimento da lei — por mais que, às vezes, nos doa. Afinal, se não for para serem cumpridas, por que as leis existem?"

Por MângelaCastro

Jesus nos ensinou que a justiça se cumpre com amor. Sem caridade, a letra é morta. A paz se constrói com diálogo e responsabilidade.
🌿 Reflita e se quiser, compartilhe.

Enfrentamentos contínuos não constroem pontes.
O caminho sempre será o do diálogo com diplomacia e, acima de tudo, do cumprimento da lei — por mais que, às vezes, nos doa. Afinal, se não for para serem cumpridas, por que as leis existem?

Jesus se fez emblemático ao afirmar com firmeza seu pensamento, mesmo diante das rigidezes da lei romana. Quando questionado — ou desacreditado — Ele respondeu com autoridade:

📖 Mateus 5:17-27
"Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir.
Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra..."

"...Se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus."

"...Se você estiver apresentando sua oferta diante do altar, e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, vá primeiro reconciliar-se com ele... Entre logo em acordo com seu adversário, enquanto ainda estão a caminho..."

Jesus não apenas cumpriu a Lei, mas a elevou.
Transcendeu a letra com o espírito: o amor.
Pois, sem caridade, equilíbrio e misericórdia, a letra da lei é morta.

Não vivemos apenas de espiritualidade — embora ela nos aprimore enquanto almas passageiras do tempo.
É preciso viver com consciência do lugar onde estamos: este planeta, com todas as suas diversidades.

Assim como a antiga Lei de Moisés veio reorganizar uma plêiade de almas desgovernadas, hoje as leis humanas seguem a mesma finalidade: reorganizar o sistema social, governamental e de cidadania — sempre sem deixar de lado a dignidade da vida e os direitos fundamentais de todo cidadão, como garante nossa Constituição de 1988.

Nas palavras do jurista Rui Barbosa:

“A Constituição é ato da nação em atitude soberana de se constituir a si mesma.”
A lei, por sua vez, é um ato do legislador, em atitude secundária de executar essa constituição.
A constituição delimita os poderes do Estado; a lei apenas os confirma.
A constituição é criatura do povo, no exercício do poder constituinte; a lei é criatura do legislador, como órgão da própria constituição.
Assim, a constituição é instrumento de mandato popular outorgado aos poderes do Estado.
A lei, conclui Rui, é o uso desse mandato por um dos poderes constituídos.

É certo que a vida não é só flores e amores...
Mas é no entrelaçar dos espinhos e afetos que os pendores humanos se afinam,
E se tornam caminhos de sabedoria e reconciliação.
Cumprir a lei — divina ou humana — com o coração é seguir por pontes, não por muros. Portanto, não esqueçamos que: -
ByMângelaCastro - 06/08/2025

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

...🌳ENTRE A DOR E O DOM: A SEMENTE QUE GERMINOU.🌳

 Bom dia!

"Meus Talentos, Minhas Raízes: Uma História de Despertar"

Neste novo despertar que Deus me concedeu, neste futuro que começa hoje, reencontro as benesses do amor, da saúde, da paz e da alegria, e claro que com a minha humanidade atravesso vez ou outra minhas dificuldades conflitantes também, um silêncio entristecido — mas mesmo nos momentos frágeis, quando os pensamentos se embaralham e o coração se desorienta. Que eu — e tantos irmãos e irmãs — possamos frutificar nesta grandiosa árvore da vida.

Recordo um tempo em que eu ainda buscava compreender meus próprios sentimentos. Era o despertar da adolescência: um corpo em ebulição, uma alma em silêncio gritante. Havia algo no ar — invisível — que mexia com minha sensibilidade. Chorava sem entender, penso que todo adolescente passa por esta fase, né? E minha mãe, em sua simplicidade, recorria à fé:
Vai rezar, minha filha... só Deus pode te ajudar.

Ela não sabia, nem eu, que ali nascia em mim a espiritualidade. A sensibilidade de uma alma conectada a algo maior, mas ainda sem palavras, sem entendimento, que às vezes debruçada na janela conversava em pensamento com as estrelas, lá havia um mistério, e eu gostava, era um momento de paz, buscava na saudade que sentia, uma morada, porque eu sabia que tinha. Pensei em fugir, até num convento me esconder. Mas minha mãe me ancorou no mundo: comprava livros, lembro de muitos fascículos da revistinha Sabrina, que se comprava em bancas de jornais, quem foi uma jovem, dos anos 60,70 com certeza deve ter lido também, e viajava nas leituras com romances lindos, lugares inimagináveis se desenrolava toda uma história de vida... enciclopédias para ajudar nos estudos escolares, tinha uma certa tendência de conhecer mais sobre as estrelas, o que eram? 

E entre um intervalo e outro de devaneios, mamãe me levava à missa, e até sua morte, ainda tínhamos esse costume de ir à missa juntas, me incentivava a fazer parte de grupos de jovens. Nada parecia aliviar. Eu orava em silêncio, conversava com Deus, chegava até contestá-lo, falando sério. A fé era meu abrigo, mas os conflitos persistiam, e confesso, ainda vez ou outra tomam conta, hoje sei que é normal, faz parte desta existência, aparando minhas arestas, pois nelas existem muitas contradições. E interessante, que enquanto escrevia essa memória, tive a nítida sensação de sua presença aqui comigo, cheguei a levantar para ver onde uma porta do quarto bateu, bem, posso ter sido sugestionada, né?

Bem, e foi nesse turbilhão que uma mão invisível me conduziu. Um dia, lá nos idos 79/80, já morando em Uberaba, fazendo faculdade, aconselhada por uma amiga, procurei um padre.
— Escreva, Maria. Escreva tudo o que vier ao seu pensamento — ele me disse. E foi assim que um caderno se tornou meu lugar seguro. Palavras fluíam, e com elas, eu me esvaziava das dores e preenchia de esperança. Recordo que fiz uma poesia sobre o meio ambiente, os pássaros fazendo revoadas, cantavam pedindo para os homens não destruir a natureza, e hoje, isto é uma realidade.


Um certo dia, em Uberaba, MG, recebemos a visita de amigas de Franca. Uma delas, Dona (Lar) Leonor, espírita, nos falou de Chico Xavier. Fomos juntas até ele, em sua casa, que ela tinha total liberdade de ir e vir, sem precisar agendar rs. A casa simples, o olhar bondoso, a conversa leve, a alegria do reencontro de almas amigas… 

Ali, pela primeira vez, encontrei respostas para perguntas que meu coração há muito fazia. Hoje entendo que, naquele instante, atravessei um verdadeiro portal — foi no quarto dele, quando fui pegar um remédio a pedido de uma senhora que o acompanhava, enquanto tantos amigos se reuniam ao redor de uma mesa rústica de madeira com bancos em volta.

Obediente e gentil, segui até o cômodo, e o que vi me encantou. Experimentei uma paz serena, uma sensação quase sagrada. Anos se passaram. Quando retornei àquela casa, agora transformada em museu, fui surpreendida ao ver o quarto em exposição. Perguntei a mim mesma: ____“Como assim?” Aquele não era o quarto que entrei. Não mesmo.

O quarto que conheci era completamente branco — as paredes, a cama, o criado-mudo... tudo. No guarda-roupa, havia uma penteadeira, e o espelho fora substituído por uma imagem de Jesus aplicando um passe em uma jovem sentada no chão. Foi nesse ambiente que entrei para buscar o remédio de Chico. Não compreendi muito na época... Apenas voltamos para Franca.

Meio a estas lembranças, dos anos 78/70/80, veio a que entre uma conversa e outra com seu sobrinho Vivaldo, diagramador e organizador das mensagens que chegavam pelas mãos abençoadas de Chico, ganhei o livro “Nosso Lar” meu primeiro contato com a literatura espírita. Li de ponta a ponta. E compreendi: não era loucura, não era fraqueza — era dom, era um desabrochar de uma sensibilidade espiritual.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32)
Como quem aprende a ler, comecei a juntar as letras da minha alma.

Hoje sei: o talento que Deus me deu — a escrita — é meu instrumento de cura e partilha. Não preciso provar nada a ninguém. A árvore que um dia foi semente em minha família agora floresce. Minhas raízes continuam firmes, mas meus galhos acolhem, as flores perfumam a vida, e seus frutos alimentam.

Tudo flui, como águas límpidas que descem da serra moldando as pedras. Inúmeras vezes, fui aconselhada por padres, médicos, amigos e irmãos espirituais. Todos diziam:
— Continue escrevendo. Hoje sei que nada é por acaso, tudo tem um propósito de vida.
E eu sigo.
Em cada amanhecer, uma flor.
Em cada manhã, uma nova reflexão.

Os talentos que nos foram dados são responsabilidade nossa. E um dia, serão cobrados. Que eu nunca os esconda. E que meu dom, seja ele qual for, sempre sirva para amar, consolar e edificar.

Porque é na simplicidade que mora o verdadeiro poder do amor, palavras de Chico Xavier, 


e tantos mais, Santos e Santas católicos, sofreram suas agruras, não desistiram de seus talentos, e venceram na missão. Como nos enseja Dom Orlando Brandes, hoje Arcebispo Metropolitano de Aparecida, quando em sua evangelização pela TV Rede Vida, ensinava: ____"Fé em Deus, Bíblia na mão e pé na missão"! Parece que suas palavras ecoam em meu pensamento, com entonação, ouço-a! É isto!

By MângelaCastro – 04/08/2025





ENTRE CURVAS E DESCAMINHOS ...PALAVRAS CURAM!

💧 Até nos descaminhos, a vida encontra nascentes. Uma palavra pode mudar destinos, uma amizade pode refazer caminhos. Que nossas palavras s...