Todo fim de ano, é sempre igual, recheado de querer mudanças, sonhos de um novo começo, pensamos que nossas cruzes ficarão esquecidas, em qualquer canto ou lugar de uma cidade, a, lá vai a esperança subindo as ladeiras da vida, um passo de cada vez...
Todo ano é quase tudo sempre igual, ansiamos que a vida se traje de uma nova realidade, enquanto isto, lá vai o bonde ladeira abaixo, alheio a tudo, com o desassossego da vida, segue seu caminho, indo...
Descendo e subindo as ladeiras, recheadas de pessoas, cada uma com seus desejos, sonhos, esperanças, anseios.
É normal que quase tudo mude, somos como camaleão, se adequando ao novo velho instante, deixando o inaudito pra trás, o que jamais se ouviu soar ou do que nunca se escutou falar, não porque não o queremos, mas sim, porque a tendência do ficar obsoleto, é estagnação, desuso, esperando o tempo passar, enquanto tudo que é novo, se transforma, se torna ágil, rápido, ousado, pensa ter ainda muito o que viver, em verdade, o tempo muda o mundo, o tempo todo, nada é ou será novidade, ou igual, apenas nossos anseios de que a vida viva sem rodeios...
Tudo começa como uma grande novidade, como um símbolo de modernidade, da chegada de novos tempos e que sua tendência é transformar o cotidiano das pessoas, especialmente no ramo de negócios e mercado de trabalho, lazeres, igualdade por ser humano, fraternidade, amores, e por ter encurtado distâncias. Só que não, a vida continua na sua senilidade, atraindo como um imã (Governo de Getúlio Vargas, com novos tempos. a essência não se transformou ....)para si a longevidade, quiçá o bonde nos traga os bancos lotados de boas novas, em cada ponto que pare, se renove de coisas boas ....
Lá vai o bonde descendo e subindo a ladeira, com todo seu charme, e transformado ...
E eu sigo rezando a Ave Maria...ajustando os tropeços que a vida dá.... By MângelaCastro - 27/12/2023
