COMO OVELHAS NO APRISCO, ESPERAMOS NO SENHOR ...

Porém antes, precisamos ser plantados e recriados... E ali, num espaço pequeno e protegido, acolhidos no ventre de nossa mãezinha, aquela que seria nosso anjo da guarda neste planeta em que tudo se regenera, ali, nos sentindo acolhidos, em um ambiente reconfortador, nadamos em águas mornas, alimentados por um fluxo contínuo. Viemos como um ínfimo ponto de luz — uma estrela nascente —, 💥primeiro cervical e mente, uma forma disforme, entrelaçada de fios luminosos, a caminho da natividade da luz. Assim como Ele, Jesus, somos luz, independentemente de nossos caminhos e escolhas, nascidos entre a claridade e as sombras.
Todos, sem distinção, brotamos como centelhas da consciência cósmica em ventres que nos nutrem e protegem. Durante nove meses, adaptamo-nos ao novo ambiente, como uma lagarta em metamorfose, flutuando em um casulo escuro e sereno. A vida, em sua complexidade e simplicidade, é feita de transformações e aprendizados contínuos.
Nada nasce por acaso — nem mesmo a pequena planta no deserto ou no oásis. A terra se prepara, a semente é recebida, e mesmo enfrentando intempéries, floresce. Assim também somos nós: feridos, lapidados, transformados em pérolas preciosas. E, apesar dos choques e atritos da vida, seguimos — para florescer, frutificar, e nos reciclar em cada estação.
Sim, a rosa tem seus espinhos. Eles fazem parte do nosso crescimento, ora para proteger, ora para nos tornar mais valorosos, saber respeita-los mesmo na dor quando por eles feridos. Somos inclusivos, mesmo quando parecemos intocáveis aos olhos do mundo — mas sempre visíveis ao olhar amoroso de Deus.
Sem exigir nada, o Criador, o Grande Jardineiro, faz brotar vida, o tempo inteiro, mesmo quando a nossa visão se turva, e nos impede de ver o que é realmente certo. Por amor, Ele enche o jardim da existência com águas puras e cristalinas, que escoam pelos próprios veios, assim faz seu percurso, ora lento, sereno, ora tempestuoso, violento, ciumento de sua própria criação, mas segue, moldando as pedras, cultivando flores, colhendo frutos e ouvindo canções de pássaros, lembrando-nos, ainda que inconscientemente, que somos sementes espalhadas pela Terra — diferentes, mas movidas por um mesmo objetivo: desenvolver-se.
Quando contemplo tudo isso, entendo: somos um cacho de grãos cósmicos, agregados e pulsantes, parte viva do grande Todo. O aparente vazio do espaço, na verdade, é vida vibrante, uma via dupla congestionada de galáxias, estrelas e sistemas que se renovam a cada instante. Um universo sem começo nem fim, que vem se expandindo dia a dia.
___ Foi exatamente assim que Ele me mostrou durante um sonho,___ estava ali bem à minha frente, apenas um cacho de uva, solto no espaço escuro e fundo, mas ali estavam os átomos e toda alquimia da vida se aglutinando.
"Vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus." (Efésios 5:15-16)
Ele nos faz crescer, amadurecer e frutificar. E mesmo o fruto que cai e apodrece, volta à terra para renascer, alimentando o ciclo contínuo da vida.
Somos luz, nesta jornada infinita de vida!
By MângelaCastro – 14/09/2024