Você teria a coragem de enfrentar a crucificação como Jesus enfrentou? Sua fé na Salvação é tão grandiosa quanto a Dele? Difícil, não é? Então, em vez de se agarrar ao sofrimento íntimo das frustrações e escolhas impensadas, transforme sua jornada. Deixe de ser o "mártir" da independência e torne-se o "Justo", inteligente e coerente com as próprias ações! Quantas vezes ouvimos palavras de sabedoria, mas insistimos em seguir do nosso jeito?
O tempo quaresmal nos convida à reflexão e ao acolhimento dos ensinamentos de Jesus sobre o que realmente importa na vida. Somos frequentemente dominados pelo "achismo" e pelo desejo de impor nossa própria visão do que consideramos correto. No entanto, nem sempre nossas escolhas refletem a verdadeira justiça ou sabedoria.
Ao aconselhar alguém, seja um familiar ou colega de trabalho, a ser menos impulsivo e a moderar suas reações perante a sociedade, podemos enfrentar resistência. Da mesma forma, quando somos advertidos e não ouvimos, acabamos sofrendo as consequências. O ser humano tem dificuldade em abandonar o egocentrismo para experimentar novas perspectivas que poderiam enriquecer sua vida. Muitas vezes, percebemos tarde demais que perdemos um precioso tempo de aprendizado.
Um exemplo claro encontra-se na passagem bíblica de Marta e Maria. Marta, absorvida pelos afazeres, perdeu a melhor parte: ouvir e aprender com Jesus. Quantas vezes nos deixamos consumir pelas ocupações diárias e negligenciamos o essencial? Recordo uma amiga que vivia sobrecarregada, sem tempo para si mesma. Aconselhei-a a desacelerar, a ser mais branda consigo, mas ela ignorou. Mais tarde, adoeceu, e sua enfermidade parecia ter origem psicossomática. Quando a visitei, disse-lhe: “Quando não paramos por amor a nós mesmos, Deus nos para pela dor.” Nossas escolhas determinam nossos destinos; se escolhemos bem, colhemos o bem.
Assim foi com Marta, que se viu sozinha no serviço e perdeu o alimento mais precioso: a palavra que nutre a alma. Assim também foi com Jesus, que sofreu a cruz por suas escolhas. Ele confiou nas pessoas, ensinou o amor e o perdão, e mesmo sabendo que seria traído, não recuou, pois sua missão era clara: salvar a humanidade de seus próprios pecados.
💡 Jesus nos convida a escolher melhor – Ele não repreendeu Marta por trabalhar, mas por estar ansiosa e sobrecarregada. Como equilibramos nossas escolhas?
Aqui se aplica a lição das três peneiras da sabedoria, atribuída a Sócrates: verdade, bondade e utilidade. Jesus usou dessa sabedoria ao silenciar diante de seus julgadores, entregando-se humildemente ao sacrifício. Ele poderia ter se imposto, mas optou por ensinar pelo exemplo. Seu silêncio foi um ato estratégico de amor incondicional, desarmando aqueles que esperavam revolta e violência.
A história nos mostra que a violência sempre gera mais violência. Jesus veio nos ensinar a agir com inteligência, amor e estratégia para evitar sofrimentos desnecessários. Seu exemplo nos lembra que não precisamos ser astutos, mas sábios; não espertos, mas inteligentes no amor. Nossas ações moldam nosso destino, e compreender isso nos torna menos propensos ao sofrimento.
“O caminho do insensato parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos.”
📖 Provérbios 12:15
Amém?
By MângelaCastro - 26/03/2025