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domingo, 7 de dezembro de 2025

O FOGÃO REACENDE NAS CHAMAS , MEMÓRIAS ...

“Entre o cheiro do mato, o fogo que virou calma e o riso das crianças, a terra me ensinou que memória também é fé — e nunca se apaga.”

Bom dia, hoje desperto com minha doce criança que 'inda mora aqui na memória de horas de escrita, que me anima a vida nas primeiras luzes do dia. 

Que o céu se abra enquanto tento falar sobre memórias — ontem resolvi preparar para meu filho e sua namorada, quando a tarde já ia e a noitinha chegava, memórias que me vinham, e relembro  nossa mãe, fazendo rabanadas, memórias natalinas de infância e com o coração batendo forte pulsante me embalo, algumas lágrimas imperceptíveis, brotam desse meu olhar já perdendo a vivacidade da flor da idade, mas as memórias me reacendem como a lenha que queima no fogão....

O doce borbulhando no tacho, no fogareiro improvisado no fundo do quintal embaixo do limoeiro, que fala como versos trazendo memórias, o perfume quente que sobe e se espalha pelo ar, beijando a flor de laranjeira perfumando o quintal. O canto que minha mãe com sua voz forte, doce que acalma a alma, se mistura com o riso das crianças que acalma, alegra, devolve o coração ao seu lugar. Assim inicio meu dia como um doce germinar de lembrança de criança...


“A lei divina e natural mostra ao homem o caminho a seguir para praticar o bem e atingir o seu fim. A lei natural enuncia os preceitos primários e essenciais que regem a vida moral. Tem como fulcro a aspiração e a submissão a Deus, fonte e juiz de todo o bem.” Catecismo da Igreja Católica (1949–2051)


A terra nos conta muitas memórias, se nos revela nosso netinho, desde o seu ressurgimento no espaço. Verdade, no tempo, ela se transformou: do fogo que a consumia, do calor que a moldava, veio o nascimento de séculos — como a água que um dia seca, como o fogo que arde e depois se apaga, deixando no ar apenas vestígios enquanto tudo consumia no tempo, só restou fumaça. Mas, enquanto a névoa pairava silenciosa, misteriosa, ali, entre gritos e sussurros dos ventos, crianças brincavam ao relento.

Cresciam como a morosidade mansa dos mineiros, os pés esticados pra frente no balanço, dando-lhe movimento: Enquanto, mãos talentosas, faz o leite se transformar como uma puxa que se estica pelas forças das mãos, e se transforma num gostoso requeijão... Lá fora no quintal, primeiro raízes, depois flores, que enfeitam os vasos simples, que ornamentam o lugar tranquilo, bucólico, como tardes quentes de verão, que se encerram e já são lembranças,  nossas histórias...

Entre as raízes, a vida seguia se descrevendo —
paixão que não morre, mas floresce, doce e certeira,
como as serras da Mantiqueira, que deixam escorrer veios d’água pelas suas beiras, em noites de lua cheia.

Nas memórias da terra sinto o cheiro da chuva que cai,
da terra que respira molhada, das flores dos campos sem fim, que desabrocham sem pressa.
O fogo que antes ardia e tudo consumia, agora é calma:
não mata, não maltrata a hora — aquece, ilumina, traz lembranças da infância.
que enriquecem as páginas em branco da vida, regida, pelas letras, saudades, as crianças que 'inda brincam no balanço aqui dentro do pensamento onde imagens povoam, também lembram de um ancião, com um ramo no canto da boca, ele vê, através dos olhos da alma, é o avô deitado na rede contando histórias antigas, guardadas como tesouro para seus netos. 

Dizem os filósofos do cotidiano, que, quem tem passado, tem memórias e histórias para contar... é a própria vida se escrevendo...
De olhos fechados, volta no tempo e descreve tudo com precisão.
Daquela memória amorosa, nascem histórias que nunca se gastam, enobrecem os nossos rincões.

E lá fora, a dança do balanço continua, rangendo no galho.

dançando no vácuo, balanço que balança pelos ventos, vai e vem...

O limoeiro silencioso só ouve o canto que encanta.

sorrisos acendem a traquinagem da criança,
e o cheiro do mato mistura tudo numa festa de vida.
São amores e sorrisos que não morrem —
porque permanecem para sempre nas memórias de cada um.

Luz que vem como candeeiro e não se apaga, nas vielas mineiras,
mesmo que o tempo passe.
Sorrisos, histórias e passos ficam enraizados,
como raízes na memória da terra, e da gente.
E assim vamos vivendo entre ramas e asfaltos,
sabemos: há memórias vivas que só o coração e o pensamento conseguem guardar.
E a vida segue seu curso como os rios, às vezes retos, outras, com suas curvas— e, no seu modo simples e eterno, continua flutuando como folhas caídas das árvores, ou frutos que alimentam, esperando um porto seguro no tempo, que não se apaga, não se consome. 

Concluo:

No pensamento, minhas memórias, no dia a dia, o vai e vem desenham as imagens que vejo, anoto os sons que escuto, como murmúrios das águas que passam no balouçar dos ventos, que chegam, mas não sabemos para onde vão, e num reflexo súbito, seguro: minhas saudades, melhores lembranças, abraço com força meu tempo, e beijo as flores, moldadas pelas águas que vertem das nuvens, e as pedras que vez e outra desviam o caminho, mas junto, traz memórias de longe, do tempo que nossa mãe num gesto de atenção e carinho, aquecia não só nosso estômago com comidinha gostosinha, mas nos aquecia o coração, quando nos fazia pela manhã, o bolinho do papai, rabanadas, café quentinho e pão na chapa, e nos ensinava como fazer, são pequenos gestos no cotidiano que formam nossas melhores lembranças, um agrado para o namorado (a), um abraço afetuoso de amigo(a), um doce feito pelas próprias mãos ... Segredos e sonhos, que só o tempo sabe bem guardar. Nosso dia a dia, se escreve não só por bons momentos, mas também por um simples gesto que pode agradar e impulsionar o amor que nos rege e ajuda compor nossas memórias, com pequenos e simples gestos de atenção e carinho que compõem nossas histórias, e faz o amor crescer dentro de nós!

By MângelaCastro - 07/12/2025

Enviado por MângelaCastro em 07/12/2025
Reeditado em 07/12/2025
Código do texto: T8506740
Classificação de conteúdo: seguro

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Bom dia com alegria! “Quando Deus chama, o coração parte — mas parte sereno. Àquele que segue para novas terras de missão, deixo esta bênção...