“Às vezes, é o vento que parte que traz de volta a paz que eu buscava.”
Caminho só, ouvindo o chilrear dos passarinhos. Olho em volta, olho para o céu. Vejo nuvens pesadas que começam a me cobrir como um manto acinzentado. O vento roça minha pele, anuncia a tempestade… e, ainda assim, completa o que já nasceu tão bonito neste meu sentir.
✨ “Para tudo há um tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.”
(Eclesiastes 3:1)
Esse versículo casa com minha prosa poema, ele reconhece o tempo da tempestade, o tempo do silêncio, o tempo da espera — e, sobretudo, o tempo da paz que retorna.
Quantas vezes lágrimas verteram dos meus olhos,
buscando no horizonte alguma notícia que viesse de lá —
e, quem sabe, que fosse boa, que fosse leve,
que trouxesse de volta o que minha alma ainda espera.
Quantas vezes pedi aos ventos que, ao partirem,
não levassem o que é meu,
mas voltassem trazendo o amor que se renova
a cada manhã, como flor que insiste em existir
mesmo depois da geada.
E é só esse pensar — tão simples, tão meu —
que me acalenta.
Ele me ergue, me recolhe,
me faz refazer voos que me libertam
mesmo quando o mundo faz barulho
e tenta apagar meu instante de inspiração.
Há sempre um voo guardado em mim.
E nele, reencontro a paz que nenhum ruído me rouba.
By MângelaCastro - 11/12/2025