Há silêncios que não calam... apenas aguardam o momento exato de revelar o que é eterno.
Há sentimentos com sentidos 😊— e sem sentidos — que chegam como os ventos: não sabemos de onde vêm, tampouco para onde vão. Mas deixam algo certo: são mais que viscerais, são de alma. São compromissos espirituais, são pontes por onde deve trafegar o amor, assumidos antes mesmo de nascermos... Um ponto. Dois pontos, três pontos... e assim a história se desenrola — feita de devaneios e realidades que não se opõem, apenas seguem, virando páginas, uma após a outra.
Talvez o verdadeiro chamado não fosse “ouvir”, mas perceber.
Lá no alto, sobre um anfiteatro que lembrava uma igreja simples, como uma Taba de índios, alguém ainda no poder do altar, se posicionava com olhar firme e fé conhecida, deixo de citar nome para manter a privacidade. Mas havia inquietação nos gestos, como quem ainda tenta provar que pode. Que merece. Que recomeça. Naquele instante, compreendi: não era mais sobre o que se perdeu, ou que se perderia, mas sobre o que se busca recuperar.
Acordei com o coração angustiado. (pode parecer não ser bom). Mas entendi: ___ o que parece missão é desejo. E o que parece queda, é chamada. Mas o que parece silêncio... é resposta.
Jesus nada disse. Apenas desceu até o altar
— com um atoalhado branco, vazio, limpo. Como se dissesse que ali, naquele nada, tudo se inicia. O altar não pedia holofotes, nem seguidores, nem reconstruções. Pedia entrega.😌
porque nunca foram possuídas,
apenas desejadas...
O tempo que estamos vivendo é confuso, barulhento, violento. Mistura dons com números, espiritualidade com estratégia. E muitos, em nome da fé, tropeçam outra vez na mesma pedra: ___a vaidade do
retorno.
Mas o Reino não é retorno.
É ida.
É caminho.
É simplicidade.
Aquele que caiu, e foi reerguido, deveria
guardar no peito não o desejo de vencer de novo, mas o aprendizado de caminhar
devagar, no chão batido da alma.
Talvez o altar vazio do meu sonho seja
exatamente isso: um convite a não preencher com o que passou, posto que a nossa casa comum já está cheia, mas deixar que
Deus preencha o altar vazio, com o que ainda virá.
Com fé, silêncio e humildade.
Eu vejo e sinto sua dor, e rezo pelo seu caminho, que se apure os seus dons de amor. Caminhe com fé, mas sem pressa. O que precisa ser provado, Deus já conhece.
Com carinho,