(Reflexão ao despertar às 6h20 da manhã)
Eu creio porque vejo.
Mas há quem veja — e mesmo assim não creia.
E há quem chame de loucos aqueles que veem com os olhos da alma. Loucos de Deus, por Deus...
E benditos sejam!
Porque Ele mesmo se revelou a nós — em Corpo, Espírito e Amor.
Primeiro a uma mulher: Maria de Magdala, sua amiga dileta.
Depois, aos caminhantes de Emaús, como nos conta o evangelista Lucas, em uma narrativa cheia de emoções e mistérios.
Ele, JESUS, caminhava ao lado deles, conversava...
Mas não O reconheceram.
Porque somos assim: vemos, mas ainda não entendemos.
Nossa visão, muitas vezes, é infantil.
A imagem se nos apresenta, mas só mais tarde — com amadurecimento — ela ganha foco.
E então, estupefatos ou emocionados, compreendemos: era Ele.
Era Ele o tempo todo.
Mais adiante, Jesus se mostrou aos apóstolos, já ressuscitado.
Mas ainda não os deixou tocá-Lo.
Seu corpo glorioso ainda se espiritualizava… Jesus sabia que se naquele momento tentassem toca-lo se assustariam mais ainda, e o chamariam de "fantasma", pois suas mãos atravessariam seu corpo, você crê nisto? Ora, não importa se não crê, Ele tudo sabe, e isto O basta, e aos que Nele creem...
"O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece, mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento será deixado para trás. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é completo, o que é em parte será deixado para trás. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino."(1Corintios 13:6)
Por isso, não, não é plausível dizer que tudo foi alucinação.
Não.
Foi o próprio Senhor Vivo que se mostrou —
não para ser aclamado, mas para ser glorificado.
Assim expressando: admiração, gratidão e respeito, inspirando outros e fortalecendo a identidade de uma comunidade.
É continuar escrevendo evangelhos de nossos cotidianos —
não só para os que enxergam, mas também para os que não veem.
Usamos recursos para que ouçam, para que compreendam.
Assim também é com a fé:
Alguns veem e não creem.
Outros creem mesmo sem ver —
e esses são chamados bem-aventurados por Nosso Senhor.
Mas Ele ama a todos. Sem distinção.
Porque Seu Amor não é condicional,
é infinito.
Para os judeus da época, o Messias era um rei triunfante —
Não alguém que morreria crucificado.
Mas a ressurreição desfez a tragédia.
Cristo vive!
E com isso, todas as Suas promessas se cumpriram.
É nesse fato — na Ressurreição — que nasce o cristianismo.
Foi assim que despertei nesta manhã, às exatas 6h20.
Abri os olhos e me vi em completo breu.
Nenhum ponto de luz. Nenhuma nesga acesa no banheiro, como costumo deixar.
Assustada, pensei: “Meu Deus, perdi a visão!”
Tateei às pressas o criado-mudo. Peguei o celular.
Queria saber se era eu… ou o mundo.
E então percebi:
A luz artificial se apagara.
Era só isso.
E confesso que não é a primeira vez que isto me acontece, em uma outra madrugada desperta no escuro total, gritei pelo meu filho, que acorreu até meu quarto, e me vendo assustada me consolou, ____não se assuste mãe, a força de luz acabou, foi só isso, e ele tinha já aceso uma luz artificial, e sem me levantar repousei tranquila...
Mas naquele instante, entendi:
Pobre de mim, que esqueci de deixar acesa a luz que nunca se apaga... A luz de Cristo Jesus.
E você, que me lê — ou me ouve:
Consegue crer no que aqui escrevo? Já se sentiu perturbado (a) também acordando no escuro total de seu quarto de dormir?
By MângelaCastro - 15/06/2025